terça-feira, 31 de março de 2015

Carro de Combate Leve M41

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Este carro está presente no museu, porém, pelo que o autor pôde levantar, não chegou a ser equipamento de uso do 1º Batalhão de Carros de Combate Leve. Pode ter sido posteriormente agregado quando a unidade se reformulou, com a denominação de 28º BIB. Sabe-se que o Brasil recebeu por volta de 340 desses tanques, por conta do programa de ajuda militar dos Estados Unidos, no ano de 1960. Foi padronizado no Exército dos Estados Unidos em 1947 em substituição ao M24 Chaffee, com o apelido de Walker Bulldog.
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Interior do M41
Seu peso em ordem de marcha era de 17.550 Kg, com tripulação de 4 homens. Era impulsionado por motor Continental AOS-895 de 6 cilindros. A transmissão era do tipo “hydra-matic“, automática com conversor de torque, 8 marchas à frente e 4 à ré. Atingia  a velocidade máxima de 56 km/hora em terreno plano. A torre possuía um dispositivo giro-estabilizador para facilitar os disparos em marcha.
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O armamento padrão consistia em um canhão de 76 mm, tipo M6, duas metralhadoras Browning cal. 30-06, sendo uma delas montada na torre junto ao canhão; uma metralhadora Browning cal. 50 para defesa anti-aérea, montada em suporte externo, 4 sub-metralhadoras cal. 45ACP e uma carabina cal. .30M1. Opcionalmente possuía um morteiro M3 de 2″ montado na torre. Levava 50 cartuchos cal. 76mm, 440 cartuchos .50BMG, 4.000 cartuchos .30-06 e 720 cartuchos .45ACP, além de 14 granadas de mão.
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Acima, o belo Tanque Leve M41 com sua característica torre alongada
A partir de 1978, para nacionalizar componentes, o Centro Tecnológico do Exército e a empresa Bernardini iniciaram um plano de modernização desses tanques. Uma das primeiras providências foi a troca dos motores Continental pelo motor Scania DS-14, movido à diesel. Essa modificação alterou a nomenclatura do veículo para M41B, e infelizmente trouxe ao projeto vários problemas, na transmissão e motor. O fato é que a transmissão original do M41 foi desenhada para um propulsor à gasolina, com bem menos vibração que o motor diesel.
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Um M41B no Museu Conde de Linhares, no Rio de Janeiro
O alongamento efetuado na traseira do tanque para alojar o motor Scania alterou o equilíbrio do veículo e seu centro de gravidade, ocasionando desgastes irregulares das lagartas. Posteriormente foram feitas outras modificações, agora com a nomenclatura M41C e o codinome de Caxias. Sobre o projeto do M41C, a empresa Bernardini desenvolveu o blindado Tamoyo, a partir de 1979, produzido posteriormente em 3 versões, com canhões de 90 mm e de 105 mm. Infelizmente, o que era um excelente projeto de carro de combate desenvolvido aqui no Brasil, não teve aceitação pelo governo junto ao Exército Brasileiro e a Bernardini encerrou as atividades em 2001.

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