domingo, 3 de maio de 2015

Volvo XC90

Volvo XC90
Havíamos revelado no primeiro semestre de 2002 algumas informações e imagens preliminares do lançamento do primeiro Sport Utility (SUV) produzido pela tradicional montadora sueca Volvo. O veículo foi pela primeira vez apresentado ao público no Salão de Detroit daquele ano apesar de que a comercialização viria apenas no segundo semestre. A notícia causou certo alvoroço no meio, tanto devido ao fato de constituir uma iniciativa inédita em se tratando de uma empresa como a Volvo, como pelo que o modelo consistiria em termos de concorrência.

Mais do que simplesmente mais um SUV, disputando um segmento dominado por nomes como BMW X5, Acura MDX, Ford Expedition, Lincoln Navigator, Mercedes-Benz ML500 e Lexus RX300, o Volvo XC90 prometia propostas inovadoras em uma categoria que cresce não apenas na quantidade de potenciais consumidores, como também em número de opções, nos mais variados patamares de preços. E ao que parece o utilitário sueco veio não apenas para ser mais uma dentre tantas opções. Antes mesmo do início de sua comercialização, só a Volvo North America registrava mais de 6000 pedidos de compra do carro. E entre, tantos outros prêmios, a conceituada revista americana Motor Trend, o elegeu o melhor veículo de 2003, em sua categoria, que contou com 14 “competidores”.

O veículo da Volvo foi desenvolvido dentro do mais amplo conceito de SUV (Sport Utility Vehicle). Assim o modelo deveria dispor de todo o conforto e segurança de um carro para a família, aliadas a funcionalidade, robustez e esportividade e, ainda o luxo e sofisticação próprios de um legítimo Volvo. O design robusto do novo XC90 adotou o conceito de cabine avançada da marca, deixando o compartimento dos passageiros o mais a frente possível, maximizando o espaço interno e conferindo ao carro um perfil mais esportivo. Ele é apenas 90mm mais longo do que o Volvo V70, mas acomoda com conforto e segurança até cinco adultos e duas crianças em três fileiras de bancos voltados para a frente, graças ao arranjo interno.

Aliás o design é um dos aspectos marcantes do modelo, cujas linhas conseguem ao mesmo tempo ser modernas e atuais e ainda manter aspectos inegáveis de outros modelos da marca, sem que no entanto apresentem o conservadorismo e serenidade típicos da Volvo. O capô apresenta o “V” estilizado e fortemente vincado delimitando a grade frontal e as colunas “A”. A linha de cintura eleva-se a partir da altura dos faróis e estende-se ao longo de toda a lateral, encontrando no conjunto ótico traseiro simetria e uma boa solução estética, na medida em que apresenta uma forma inovadora em relação ao padrão adotado pela maior parte dos concorrentes. O conjunto ótico traseiro usando a coluna “C”, tem formato não apenas inovador, como consegue harmonizar-se com o restante da traseira. Vale lembrar que apesar de outros veículos adotarem esta mesma idéia, originalmente ela já estava presente nas Station Wagons Volvo há varios anos.

Apesar da estética ser uma característica chave do novo carro, este não é seu ponto alto. Aqueles que conhecem um pouco mais a respeito da história da Volvo e de seus carros, sabe que um item que sempre mereceu atenção especial por parte dos projetistas, foi a segurança. Não poderia ser diferente em relação ao XC90. E aqui os engenheiros foram ainda mais longe no conceito, ao considerarem até mesmo a segurança dos ocupantes de outros veículos, em uma eventual colisão.

Pelas características de todo SUV - o seu peso e altura acima da média de outros veículos - significam que geralmente em um choque o carro atingido fique abaixo do utilitário e os mecanismos de impacto tenham sua eficiência reduzida, ou nem funcionem. Para tentar resolver isto, os engenheiros projetaram uma estrutura de impacto e deformação fixada no sub-chassis da suspensão dianteira, rebaixada e posicionada na altura média da altura dos pará-choques de veículos de passeio convencionais, de forma a minimizar as consequências tanto em colisões frontais, como laterais.

A segurança vai além no XC90. O até então inédito sistema RSC (Roll Stability Control), consiste de um conjunto de sensores e atuadores, capazes de realizar a leitura do ângulo de inclinação lateral e da velocidade desta inclinação e prever a possibilidade de um capotamento. Caso se verifique esta possibilidade, o sistema tenta realizar as correções através do DSTC (Dynamic Stability and Traction Control), diminuindo a velocidade do motor e realizando a distribuição de frenagem individualmente em cada roda, de forma a tentar devolver a estabilidade ao carro e colocá-lo em sub-esterçamento, uma situação de mais fácil controle.

Se mesmo assim, o capotamento tornar-se inevitável devido a uma manobra extrema, os mecanismos de segurança passiva entram em ação. A começar pelo reforço estrutural do compartimento dos passageiros. As colunas e o teto foram construídos por uma liga de aço com Boro, cuja resistência é de cinco a seis vezes maior do que as ligas de aço convencionais. Todos os assentos contam com cintos com pré-tensionadores, que tem o papel de manter os ocupantes fixos em seus lugares. O Inflatable Curtain (IC – cortina inflável) é uma bolsa inflável que se abre em toda a extensão lateral do veículo, impedindo que os ocupantes das três fileiras de bancos, batam a cabeça na lateral, bem como impedem que eles possam ser “ejetados” de dentro do carro. O padrão de segurança alcançado é tão elevado, que o XC90 alcançou cinco estrelas (o máximo possível) nos testes do Euro NCAP, programa que atesta a segurança dos carros na Europa.

Apesar do XC90 não constituir um Off Road típico, ele possui elementos e características que o habilitam para esse uso. Uma destas características está ligada às suas dimensões. Com 218 mm de altura em relação ao solo, é possível transitar por terrenos bastante irregulares. Para auxiliá-lo nesta tarefa, um excelente sistema de tração AWD (All Wheel Drive) desenvolvido em cooperação com um dos experts nesta área – a também sueca Haldex. Como em outros modelos AWD da Volvo, o sistema de tração integral opera independente de qualquer ação do motorista, distribuindo o torque independentemente entre as quatro rodas de forma a obter as melhores condições possíveis de aderência nos mais diversos pisos. Em condições normais, a tração é predominantemente nas rodas dianteiras. Mas se uma das rodas dianteiras patinar, o sistema é capaz de transferir torque para o eixo traseiro, após apenas 1/7 de volta da roda.

E fazer andar um automóvel com mais de duas toneladas, não é tarefa para qualquer motor. Mais ainda, para conferir certa esportividade e agilidade a um veículo com este peso, com suas dimensões e com um pesado sistema de tração, é preciso de uma gama de motores bastante fortes. Três são as opções, sendo duas a gasolina e uma diesel. A mais forte, consiste de um 6 cilindros em linha, 24 válvulas, de 2.9 litros, bi-turbo, com bloco e cabeçotes em alumínio, que gera 272 cavalos de potência a 5100 rpm e 38.8 kgfm de torque já disponíveis a 1800 rpm, seguindo até 5000 rpm. A segunda opção à gasolina, trata-se de um 5 cilindros, turbo-alimentado (turbina única), 20 válvulas, 2.5 litros, que produz 210 cavalos a 5000 rpm e 32.7 kgfm de torque entre 1500 e 4500 rpm. O motor diesel, também é um 5 cilindros, turbo-alimentado, de 2.4 litros, 20 válvulas, que entrega 163 cavalos a 4000 rpm e 34.7 kgfm de torque entre 1750 e 3000 rpm.

A transmissão é outro aspecto fundamental no desempenho do carro e, para isso o XC90 conta com duas opções de acordo com a motorização. Para o motor a gasolina de 272 cavalos, um câmbio de quatro velocidades automático Geartronic. Com esta caixa, é possível ao motorista escolher entre o modo inteiramente automático adapatativo, onde as trocas ocorrem automaticamente de acordo com o estilo de condução do motorista. No segundo modo, as trocas podem ser feitas manualmente. Nos motores diesel e gasolina de 210 cavalos, o câmbio usado é também automático Geartronic, porém de 5 velocidades. Em ambos os modelos de câmbios, eles ainda disponibilizam a opção “W” (Winter), para dirigir em superfícies escorregadias.

Para conferir um comportamento dinâmico adequado ao que se esperava do XC90 em termos de desempenho, dirigibilidade, segurança e conforto, foi adotado um sistema de suspensão traseira Multilink e dianteira McPherson, ambos fixados em um sub-chassis, para garantir melhores níveis de conforto mesmo em terrenos irregulares e acidentados. Os freios são a disco ventilados nas quatro rodas, com discos de 306mm na frente e 308mm atrás, para carros equipados com rodas de 16 polegadas. Os modelos com rodas de 17 ou 18 polegadas, recebem discos maiores na frente, com 336mm. O sistema tem assistência ABS e EBD.

Por dentro, nada menos poderia se esperar do XC90, do que muito espaço para os sete ocupantes. A configuração dos bancos permite que recliná-los individualmente de modo a aumentar o compartimento de carga, segundo as necessidades. Mesmo a posição dos assentos foi cuidadosamente pensada de forma que os ocupantes da terceira fileira estejam elevados em relação aos da frente. Porta-objetos e copos diversos, estão disponíveis em todos os pontos do automóvel, reforçando a idéia de que se trata de um utilitário criado para a família. Como tal, detalhes como uma tela de 7 polegadas em cristal líquido para os ocupantes da segunda e terceira fileira de bancos, fones de ouvido individuais com seleção de controles e canais independentes de áudio, são opcionais.

E finalmente, para aumentar o conceito de que o XC90 deveria agradar a todos aqueles que o utilizassem, até mesmo um grupo de 20 mulheres opinou a respeito dos padrões, cores e formatos dos itens que integram o seu interior. E mesmo constituindo um SUV familiar, o refinamento e luxo típicos da montadora se fizeram presentes na abundância do couro presente como principal material de revestimento, ou em detalhes de madeira no volante e console, nos comandos satélite à disposição do motorista, ou ainda de um sistema de navegação, cuja tela é embutida no painel. Tudo isto, e mais uma extensa lista de opcionais, como o sistema de áudio Dolby Prologic II, completam um veículo singular e explica porque de tantos prêmios e da preocupação dos concorrentes.

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Os dados a seguir são referentes ao XC90 2003
Motor:




Cilindrada:
Tx Compressão:
Potência:
Potência específica:
Torque:
Aceleração:
Vel. Máxima:

Câmbio:

Carroceria:
Peso:
Peso / Potência:

Dimensões:
Comprimento:
Largura:
Altura:
Entre-eixos:
B5254T2, 2.5 litros, dianteiro, transversal, 5 cilindros em linha, 20 válvulas DOHC, gasolina, injeção eletrônica multiponto sequencial, turbo-alimentado.
2521 cm³
9,0:1
210 cv @ 5 000 rpm
84,0 cv/litro
32,7 kgfm @ 1 500 / 4 500 rpm
(0-100 km/h) 9,9 s
210 km/h

Autom. de 5 velocidades, Geartronic.

Jipe, em liga de aço
2046 kg
9,74 kg/cv


4800 mm
1900 mm
1740 mm
2860 mm
B6294T, 2.9 litros, dianteiro, transversal, 6 cilindros em linha, 24 válvulas DOHC, gasolina, injeção eletrônica multiponto sequencial, bi-turbo-alimentado.

2922 cm³
8,5:1
272 cv @ 5 100 rpm
93,8 cv/litro
38,8 kgfm @ 1 500 / 4 500 rpm
(0-100 km/h) 9,3 s
210 km/h (Lim. Eletron.)

Autom. de 4 velocidades, Geartronic.

Jipe, em liga de aço
2046 kg
7,52 kg/cv


4800 mm
1900 mm
1740 mm
2860 mm

Motor:



Cilindrada:
Tx Compressão:
Potência:
Potência específica:
Torque:
Aceleração:
Vel. Máxima:

Câmbio:

Carroceria:
Peso:
Peso / Potência:

Dimensões:
Comprimento:
Largura:
Altura:
Entre-eixos:
D5244T, 2.4 litros, dianteiro, transversal, 5 cilindros em linha, 20 válvulas DOHC, gasolina, injeção eletrônica multiponto sequencial, turbo-alimentado.
2401 cm³
18,0:1
163 cv @ 4 000 rpm
67,9 cv/litro
34,7 kgfm @ 1 750 / 3 000 rpm
(0-100 km/h) 12,3 s
185 km/h

Autom. de 5 velocidades, Geartronic.

Jipe, em liga de aço
2046 kg
12,55 kg/cv


4800 mm
1900 mm
1740 mm
2860 mm
 

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